
Review: Hoffenheim 2:1 Borussia Dortmund
Na última partida antes da pausa de inverno da Bundesliga, o Borussia Dortmund tinha a chance de definitivamente encostar nos líderes com uma vitória. Porém, para variar um pouco, acabou sendo derrotado pelo Hoffenheim por 2 a 1 na Rhein-Neckar Arena. Logo, concretizará um amargo ano de 2019 com inúmeros resultados vexatórios, não só pelas atuações, mas pela mentalidade pífia presente particularmente na defesa.
Seguindo o esquema de relativo sucesso, Lucien Favre manteve os três respectivos zagueiros titulares à frente de Roman Bürki. Nas alas, Hakimi e Schulz foram os escolhidos para os lados direito e esquerdo, respectivamente. Do meio para frente, Brandt e Weigl seguiram sendo a dupla titular do meio-campo, visto que Witsel e Delaney seguem machucados. Com Marco Reus possuindo fadiga muscular, Mario Götze foi, surpreendentemente, o escolhido para compor o trio ofensivo ao lado de Sancho e Hazard.
No primeiro tempo, a estratégia aurinegra era bem clara. Mais compacto do que no jogo anterior, o Borussia alinhou um esquema de 5-4-1 na fase defensiva, apostando majoritariamente nas boas investidas ofensivas do Hakimi. E foi dos pés do marroquino que saiu o passe para Götze abrir o placar em uma jogada extremamente trabalhada de forma coletiva. Na ocasião, vale ressaltar o ótimo passe pré-assistência do Hazard que, mais uma vez, conseguiu ter uma boa atuação.

Mais posse de bola, mais finalizações e mais chances claras de gol. Uma vez que o adversário, além de uma bola na trave oriunda de uma falta, era completamente ineficaz na parte ofensiva e extremamente vulnerável na defesa, pelos 45 minutos iniciais do Dortmund, parecia questão de tempo alargar o placar da partida. No entanto, dois problemas médicos impactaram o desempenho aurinegro.
Com um problema na mão e no joelho, Hummels e Hazard, respectivamente, tiveram de ser substituídos no intervalo. Sem substitutos à altura, Favre sofreu um rude golpe ao perder, de uma única vez, as duas referências no primeiro e no último terço do campo. Para as vagas em questão, entraram Piszczek e Bruun Larsen, dois jogadores que, hoje, além de não servirem para o Borussia, deveriam estar longe dos gramados.
Portanto, sem o melhor zagueiro do elenco e com Akanji deslocado para o miolo da zaga, o comportamento defensivo aurinegro foi diretamente influenciado. Por outro lado, mesmo com Larsen em campo, o Dortmund conseguiu criar em contra-ataques e roubadas de bola com pressão alta, perdendo inúmeras oportunidades de abrir 2 a 0 no placar. Pois então, como no futebol o velho ditado de “quem não faz, leva” funciona mesmo, o Hoffenheim empatou faltando menos de 15 minutos para o fim da partida, em uma digna patrocinada de Piszczek e cia.

Uma das velhas cobranças sobre os comandados de Lucien Favre é a dificuldade de matar partidas. Mais uma vez, mesmo com a entrada de Paco Alcácer na vaga do Götze nos minutos finais, isso se viu na Rhein-Neckar Arena. Desde então, em mais um previsto cenário de catástrofe, a virada do Hoffenheim aconteceu, curiosamente, pelo lado direito em que Piszczek cobria os avanços do Hakimi. Além do mais, Akanji e Zagadou, como uma autêntica dupla de trapalhões, foram incapazes de interceptar um cruzamento mais óbvio que andar pra frente.
Resumo da obra: mais um gol sofrido nos minutos finais, mantendo o bom e velho roteiro aurinegro de falhar defensivamente quando o time é pressionado, e mais uma oportunidade desperdiçada de provar que almeja (ao menos) disputar o título da equilibrada Bundesliga. Por fim, além de servir para Favre repensar algumas coisas, a pausa de inverno chega em boa hora devido aos diversos problemas médicos presentes no elenco do Dortmund, que também precisará de adições de qualidade na janela de transferências.
Com um único ponto conquistado em seis disputados, a derrota em questão derrubou a invencibilidade do esquema de 3-4-3 implementado nos últimos seis jogos. Entretanto, a culpa está longe de ser do “treineiro” suíço, visto que sua equipe foi incrivelmente superior ao RB Leipzig e Hoffenheim, mas esbarrou na ineficácia ofensiva que, ao que tudo indica, pode ser concertada com a chegada de Håland.