
Review: Hoffenheim 0:1 Borussia Dortmund
A versão 2020 do Borussia Dortmund segue surpreendendo. Desta vez, a equipe comandada por Lucien Favre jogou mal, mas conquistou os três pontos ao derrotar o Hoffenheim, na PreZero Arena, pelo placar de 1 a 0. Com gol de Reus, o BVB deu fim ao tabu de cinco jogos sem vencer o respectivo adversário e chegou a segunda vitória consecutiva na Bundesliga.
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Diante do retorno da Data FIFA, Favre não contou com os desfalques de Akanji, Zagadou, Schmelzer, Schulz, Raschl e Hazard, e decidiu poupar grande parte dos jogadores que se desgastaram por suas seleções, como Haaland e Guerreiro, por exemplo. Além disso, o Borussia enfrentará uma dura sequência de seis jogos pelos próximos 19 dias e precisará que todos os jogadores estejam bem fisicamente.
Sendo assim, o Dortmund foi a campo com Hitz no gol e o trio defensivo formado por Piszczek, Hummels e Can. Nas alas, Passlack e Meunier encorparam os lados esquerdo e direito, respectivamente. Do meio-campo para frente, Witsel e Dahoud foram os responsáveis por municiar o ataque composto por Sancho, Reyna e Brandt, que atuou como falso 9.

Sem muita inspiração, ambas as equipes começaram o jogo se estudando e evitaram gerar espaços, o que fez com que constituísse uma anulação coletiva dos dois lados e não houvesse qualquer tipo de chance ofensiva. Por volta dos 20 minutos, Piszczek teve que ser substituído por Delaney que, inclusive, entrou para atuar no lado esquerdo da zaga, com Can movido ao flanco oposto. Logo, o Borussia continha uma defesa de linha de cinco com três “improvisações”: Delaney e Can — volantes de origem — na zaga e Passlack, historicamente lateral-direito, atuando pela ala-esquerda.
Como spoiler e quebra da ordem cronológica, já adianto que surpreendentemente toda a defesa esteve no mais alto nível e foi essencial na vitória. Por outro lado, especificamente no primeiro tempo, o Dortmund foi mal, embora tenha melhorado a partir dos dez minutos finais e impôs um volume de jogo bem maior. Por isso, deveria ter ido ao vestiário com qualquer que fosse a vantagem no placar.
Para a segunda etapa, Favre decidiu não realizar substituições, mas como viu que sua equipe continuou a apresentar o mesmo futebol pífio, se arrependeu e mudou a tônica da partida a partir das entradas de Haaland e Reus nas vagas de Brandt e Sancho, respectivamente. No caso, além do gol do Dortmund ter saído dos pés dos dois jogadores, ambos fizeram com que o time aurinegro começasse a criar mais ações ofensivas e melhorasse como um todo.

Ademais, também vale ressaltar a introdução simultânea, um minuto antes do gol, de Guerreiro e Bellingham nos lugares, na devida ordem, de Meunier e Dahoud. Com Passlack de volta para a ala-direita, o português deu novos ares ao lado esquerdo ofensivo aurinegro e foi determinante para que o Borussia controlasse o resultado positivo.
Na marra e no limite do perigo, o Dortmund soube sofrer e esteve mais sólido do que nunca na defesa para vencer um dos adversários mais complicados da competição. Independentemente de ter estado bem longe da performance ideal, a equipe aurinegra precisa somar o máximo de pontos se quiser almejar o título. E a vitória deste sábado evidenciou o lado cascudo de um BVB que parece saber — ainda que não consiga colocar em prática em alguns momentos — do que precisa para ser campeão.
Mudando a chave, o Borussia Dortmund vai à Itália na terça-feira para enfrentar a Lazio, às 16h (horário de Brasília), na primeira rodada da fase de grupos da Champions League. Apesar de ser um jogo importantíssimo para as pretensões do clube aurinegro, a cabeça de grande parte da torcida certamente estará no Revierderby, às 13h30 do próximo sábado, no Signal Iduna Park, válido pela 4ª rodada da Bundesliga.