
Review: Borussia Dortmund 2:1 Borussia Mönchengladbach
Em partida eliminatória única, o Borussia Dortmund saiu atrás no placar contra o Borussia Mönchengladbach, mas graças a dois gols de Julian Brandt conseguiu a vitória por 2 a 1 e a classificação para a próxima fase da DFB-Pokal. O próximo adversário do Borussia será conhecido após sorteio a ser realizado pela DFL.
Pouco disposto a mudanças, Lucien Favre foi forçado a promover duas alterações na equipe para a partida; gripados, Hummels e Reus desfalcaram a equipe, dando lugar a Zagadou e Bruun Larsen. Membros frequentes da escalação na temporada passada, estiveram esquecidos até então e puderam retornar ao onze inicial. Ainda sem Bürki, a titularidade no gol foi novamente de Hitz.
O primeiro tempo do Borussia Dortmund começou com 10 minutos de movimentação, oportunidades criadas e pelo menos duas grandes chances desperdiçadas por Bruun Larsen e Brandt, frente a frente com Sommer. O setor ofensivo formado por Sancho, Brandt, Hazard e Larsen deu trabalho para a marcação do Mönchengladbach, mas com o passar dos minutos foi perdendo agressividade e cedendo espaços, como de costume nas últimas semanas. Principalmente pelas laterais, com os avanços de Lainer e Bensebaini, depois Wendt, o M’gladbach deu trabalho.

Por mais surpreendente que pareça para alguns, não tanto para este que vos escreve, a ausência de Hummels não foi muito sentida. Zagadou teve uma atuação sólida e foi um dos melhores do setor defensivo, eficiente pelo alto e seguro na saída de bola. Não existe e nem deve existir a discussão da titularidade, mas enquanto reserva de Hummels é um jogador interessante e que deve entrar mais em campo, ter ritmo e servir para poupar o camisa 15. Poupar, porém, não parece estar no dicionário de Favre.
Mais uma vez Witsel foi titular e o técnico parece confiar cegamente no fato de que o belga é um superhumano imune a lesões. Teve uma partida abaixo do que vinha apresentando e foi desafogado por Weigl, que de volta ao meio-campo teve uma atuação importante na transição. Repito: Favre parece não conhecer o conceito de rotação, porque o correto seria um revezamento da dupla com Delaney, mantendo todos em forma, mas o treinador insiste na sequência sem oportunidade para os que entram e atuam de forma convincente.
Na etapa final as entradas de Hakimi e Götze mudaram pouco o time, mas o M’gladbach conseguiu sair na frente. Após cruzamento de Wendt, a dupla de zaga se desentendeu, Zagadou não acompanhou Thuram, Hitz não saiu do gol e o atacante francês inaugurou o marcador. Para a sorte de Lucien Favre, Julian Brandt tinha um plano.
Sem Reus, Brandt assumiu a condição de condutor da equipe na função de camisa 10. Não que Marco em situações semelhantes estivesse sendo capaz de fazer grande coisa, mas Jules se provou como um bom substituto e, assim como contra o Slavia, organizou as ações do confuso setor ofensivo da equipe. No atual sistema, passamos da hora de admitir que Brandt tem melhor encaixe do que Reus para a função e uma sequência de partidas como titular é capaz de comprovar isso.

O gol de empate do Borussia Dortmund veio em uma finalização de fora da área, algo pouco estimulado pelo técnico e que tem acontecido nas iniciativas de jogadores como Hazard e o próprio Brandt, que igualou o placar. Minutos depois, após cruzamento de Piszczek, Brandt marcou de cabeça para decretar a virada e a classificação aurinegra para a próxima fase.
Em comparação com as partidas mais recentes, é possível afirmar que, sim, o Dortmund apresentou uma visível evolução, em especial no que se refere a postura em campo. Não recuou totalmente após conseguir a vantagem e não ficou esperando um golpe de sorte ou lance brilhante de um dos jogadores do ataque para criar chances de gol, buscando mais ativamente a pressão ao adversário. É fato também que a mudança tática inédita do adversário ajudou, com um time em uma disposição em campo ainda não utilizada na temporada e afligido por uma onda de lesões graves.
De todo modo, a vitória e a manutenção da equipe na DFB-Pokal dão a Favre um fôlego novo para encarar novembro. Para sobreviver por mais um mês, porém, o treinador terá que fazer com que o rendimento do time melhore, os resultados voltem a surgir de maneira natural e o sofrimento do torcedor diminua. O próximo desafio da equipe é no sábado, pela Bundesliga, contra o Wolfsburg.