
Review: Borussia Dortmund 2:0 Zenit
Na base da insistência, o Borussia Dortmund venceu o Zenit pelo placar de 2 a 0 e ganhou sobrevida na fase de grupos da Champions League. A vitória obtida dentro do Signal Iduna Park representa a consolidação do retorno de um esquema tático e certamente fará a diferença no momento decisivo da competição. Os gols aurinegros foram marcados por Sancho e Haaland.
VEJA MAIS
+ Review: Borussia Dortmund 3:0 Schalke 04
+ Review: Lazio 3:1 Borussia Dortmund
Em relação aos titulares que venceram o Schalke 04 por 3 a 0 no último sábado, Lucien Favre optou por Witsel e Reus nos lugares de Delaney e Brandt, que não mereciam sair do time, mas há a necessidade de rodar o elenco, principalmente quando jogadores mais experientes e de impacto dentro do vestiário acabam começando no banco de reservas.
Dentre todas as circunstâncias atuais, vale pontuar que é um crime deixar Brandt no banco. O camisa 19 aurinegro é o motor da equipe e, em algumas ocasiões, pode ser considerado a principal ignição ofensiva. Além das mudanças já citadas, o Dortmund foi a campo no 4-2-3-1, com Bürki no gol, Meunier e Guerreiro nas laterais, e a zaga formada por Hummels e Akanji. Do meio-campo ao ataque, Dahoud seguiu sendo titular ao lado de Reyna, Sancho e Haaland.

De cara, o início do primeiro tempo mostrou o que seria desenrolar da partida: um Borussia com a boa e velha posse da bola estéril, pressionando no campo adversário e tentando agredir pelo populoso meio-campo, que envolvia a maior parte dos jogadores do Zenit. Inclusive, o time russo entrou em campo com a proposta de não tomar gols e, consequentemente, também não atacou. Basicamente foi assim durante 45 minutos, mas a equipe aurinegra merecia ter saído na vantagem se tivesse caprichado um pouco mais tanto no “último passe” quanto nas finalizações.
Da mesma maneira, a segunda etapa manteve a inalterabilidade do propósito dos dois times. Para piorar, ainda começou a cair uma forte chuva em Dortmund, o que teoricamente prejudicaria o próprio Borussia que, no caso, queria propor o jogo. No entanto, assim como a entrada de Hazard no lugar de Dahoud, que mais uma vez realizou uma boa performance, nada mudou. E parecia que seria aqueles dias em que poderia jogar mais de 24 horas e as redes não iriam balançar a favor do BVB.
Mas graças a um pênalti infantil cometido por um defensor adversário, Sancho, que não vinha bem na partida, abriu o placar e tranquilizou o torcedor aurinegro. Na desvantagem, o Zenit começou a subir a marcação para tentar ser mais ofensivo, embora esbarrasse na efetiva marcação do Borussia que, a propósito, vem funcionando extremamente bem com a linha defensiva de quatro jogadores e contou com mais uma atuação de gala de Hummels e Akanji.

Já no fim, com intuito de ganhar mais vigor físico e abdicar do ataque, Favre colocou Delaney e Bellingham nas vagas de Sancho e Reus. E por incrível que pareça, deu certo. Em uma ligação direta de Bürki, Bellingham fez a famosa casquinha para Haaland sair na cara do gol e matar o jogo nos acréscimos.
Para não haver injustiças, é preciso pontuar que foi uma atuação bem justa por parte do Dortmund. Controlou a partida inteira, mesmo que não tenha conseguido transformar o domínio da posse de bola em oportunidades de gol, não sofreu uma finalização sequer e de quebra não deu sorte ao azar, se é que me entendem.
O próximo jogo do Borussia Dortmund será contra o Arminia Bielefeld, às 11h30 (horário de Brasília) deste sábado, na Schüco Arena, válido pela sexta rodada da Bundesliga. Especificamente na Champions League, a equipe comandada por Favre visita o Club Brugge, às 17h da próxima quarta-feira, dia 4 de novembro, no Jan Breydel.