
Gündogan é um sonho – e nada mais do que isso
Cresceu durante o mês de junho a rodada de especulações a respeito de um eventual retorno de Ilkay Gündogan para o Borussia Dortmund. A partir do momento em que o clube se dispôs a repatriar Mats Hummels, a expectativa do torcedor médio se tornou ainda mais alta. Todavia, a contratação de Gündogan me parece altamente improvável.
O Dortmund monitora a situação de Gündogan no Manchester City há cerca de um ano e meio, porém intensificou o interesse no meio-campista no início deste ano, quando surgiram indícios de entraves na negociação para renovação do contrato do alemão com o Manchester City. Simultaneamente, Internazionale e Barcelona também tiveram seus nomes ligados a uma possível transferência do jogador.
O atual contrato de Ilkay com o City vai até junho de 2020 e por um breve momento pareceu possível a saída ainda nesta janela de transferências de verão. Entretanto, todos os fatos apontam para a permanência de Gündogan nos Citizens.

Nos primeiros rumores de uma possível transferência, o clube deixou circular a informação de que manteria o jogador no clube – mesmo que estivesse no último ano de contrato e sob o risco de deixar Manchester sem custo. Minha impressão é de que o Manchester City fez o que era mais adequado de acordo com seus próprios interesses. Se a intenção era verdadeira ou blefe, não sabemos, mas parece ter sido um método eficaz para prender o volante, que se dispôs novamente a negociar um novo vínculo.
De todo modo, a própria forma recente de Gündogan pelo clube inglês indica que sua trajetória sob o comando de Pep Guardiola ainda não chegou ao fim. Peça central na construção de jogadas do sistema do treinador, mesmo com a chegada do espanhol Rodri para o setor de meio-campo, o camisa 8 tem boa perspectiva de tempo de jogo e participação no time principal do City.
“Não são só os gols ou assistências, mas a qualidade, a personalidade que tem em campo. Ele é fantástico” – Pep Guardiola
O fator salário é também algo que precisa ser considerado. Atualmente o elenco conta com Marco Reus, Mario Götze e Axel Witsel, jogadores com alto salário, e tem como confirmadas as chegadas de Mats Hummels e Julian Brandt, dois jogadores que deixam a folha salarial aurinegra muito maior do que nas últimas temporadas. A contratação de mais um jogador de salário que, para os padrões do Borussia Dortmund, é astronômico, seria de uma ousadia financeira pouco comum à diretoria.
Para a posição, pelo menos por mais uma temporada, o Dortmund deve manter suas apostas depositadas em Mo Dahoud, o que parece ser a decisão correta. Jovem, com potencial e capaz de exercer a mesma função imaginada para Ilkay, o meio-campista terá mais uma oportunidade para lutar por uma vaga no onze inicial. Assim, o retorno de Gündogan deve ficar mesmo no campo dos sonhos do torcedor – pelo menos por enquanto.